Diferente

  Eu? Nao sou nada maus que os outros. Tenho tanta importância como qualquer outra pessoa mas posso ter importância para pessoas que outras não têm.
  Não pretendo ser mais que os outros, nem menos, mas quero viver a minha vida e não a que querem que eu viva.
  Posso ser falada por aquilo que sou, e por quem sou falada nada merece, só aquilo que mostrou.
  Vejo-me como uma princesa, em certas ocasiões, vejo-me como madrasta má noutras. Apesar de tudo vejo-me como sempre fui, vejo-me sendo alguém.
  Como me vêm os outros? Como me quiserem ver, com ou sem um saco na cabeça. Quem me quiser ver que veja, quem não quiser que passe ao lado e siga a sua vida e não interfira na minha.
  Prefiro que me vejam com olhos de ver e não com os olhos fechados para a realidade. Esse que assim me vêem são aqueles que quero na minha vida e aqueles que nela já estão. São aqueles que amo apesar de maneiras diferentes.
  Amo a minha mãe que me vê para além daquilo que sou.
  Amo o meu pai que agora muda os caminhos para onde vou.
  Amo o meu namorado que até a mim mudou.
  Amo os meus amigos que até estiveram presentes quando alguém como eu mais precisou.
  Estes que amo são aqueles que me tornam especial à minha maneira e me fazem perceber o porquê de certas coisas tal como o porquê de eu estar aqui e a resposta a esse porquê são elas. E são elas porque tornam a minha vida completa não se baseando apenas em andar, falar e essas coisas banais que toda a gente faz.
  Isso torna-me especial? Sim, torna, porque tenho-os a eles e eles têm-me a mim e isso também os torna diferentes.
  Basicamente cada um é diferente e diferente porque não são eu.