Aqueles poucos e esquecidos anos da
idade da inocência que, parecendo que não, passam tão depressa e com tão poucos erros - enquanto seria suposto cometermos inúmeros como método de aprendizagem para um futuro próximo. Seria de esperar que, se não houvesse algo marcante para nos relembrar um ou dois, nada nos faria atrair pensamentos e memórias para um curto espaço de tempo de tão pouca importância em comparação com os anos que se seguiam.
Pensei que fosse diferente... Pensámos todos! Pensei mesmo que, num caso tão particular como seria o meu, a minha tenra e jovem inocência acabasse e fosse abandonada nesses anos quase nunca lembrados. Sim, acabou, no entanto foi me acompanhando com um fantasma (que deveria estar em matéria viva) e, mais uma vez -
estúpido erro meu -, os meus pensamentos levaram-me sub conscientemente a criar uma barreira que me tornaria mais forte e consequentemente mais adulta.
Pensava eu... Pensavam todos! Com a chegada de um futuro tão desejado e talvez, mas só talvez (o pouco
ego não me permitia mais), promissor, aqueles a quem chamamos "rebeldes", aqueles que mantém o mesmo estatuto desde idades antigas, o estatuto de "ir contra uma força superior" que seria a nossa força de vontade, apoderam-se de tal território criando a
idade da rebeldia. Pessoalmente acho que estou a prolonga-la mais do que deveria: mesmo responsável, mesmo consciente, mas fraca e com algum controlo... portanto mais vulnerável.
Menos erros sobre outros, mais erros sobre nós, que permitimos que aconteçam - não sei como. Impossíveis de evitar e muito menos de esquecer, acompanham-nos todos os dias e são recordados por milésimo de segundo sem que exista noção disso.
"We change, we grow up, we love, we hurt we're teenagers [bem... mais ou menos]
"