Criadora

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Almada, Lisboa, Portugal
Trying to be my own model... Life style, beauty, fashion blogger.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Brisa de Verão

  A ver o por do sol numa praia deserta enquanto os ventos sopram uma brisa ligeiramente desagradável, mas não lhe deu devida importância pois o calor do abraço dele chegava para dar a ilusão de uma noite quente e abafada de verão que não precisa de agasalhos.
  Entre empurrões, risadas e areia nos olhos, com as ondas da maré a subir quase a tocar nos pés de ambos, as palavras trocadas mesmo em tom de brincadeira são sinceras (ou parecem ser) e esculpidas pela saudade. Faz se silêncio e sossego enquanto as gaivotas partem para terra indicando uma tempestade no mar e num segundo ele está sobre ela e, a cada intervalo de vários simples beijos de toque-e-foge ele prenuncia um "amo-te" de lábios com lábios, olhos com olhos. 
  "Amo-te" (...) "amo-te" (...) "amo-te" (...) sem se cansar e sem precisar de fôlego, assim sucessivamente. 
  Um simples sorriso e a brisa torna-se mais violenta, sem precisarem de perguntar ambos levantam-se e de mãos dadas a caminho do carro recapitulam o essencial enquanto ela vasculha na mala para ter a certeza de tudo o que lhe é perguntado:
  - Tens o meu telemóvel certo? 
  - Certo
  - Tens as chaves do carro certo?
  - Certo
  - Tens o meus coração... Certo? 



  

terça-feira, 22 de julho de 2014

Sou egoísta se guardar a verdade para mim?

  As pessoas odeiam a verdade, a sinceridade, odeiam saber o que está por detrás de tudo o que procuram, de tudo o que querem, talvez por medo mas nem sei. Não compreendo porque preferem viver na ignorância ou nas mentiras até que esqueçam ou tenham algo mais com que se preocuparem, para quê evitar o inevitável se sabem que "a verdade vem sempre ao de cima", sofrerão apenas por momentos.
  O desconhecido não me atrai... Viver na incerteza de algo quando posso simplesmente arriscar. Pior: odeio ter medo de partilhar a verdade! Tenho medo de reacções, de julgamentos, porque as pessoas tem medo das minhas acções, dos meus sentimentos, vão me julgar sem pensar no que sinto e o que temo por isso guardo para mim o que me vai na alma para não causar desconforto a quem preciso que me conforte. Não quero que me oiçam, não quero que me aturem, eu consinto, eu aguento.

  As pessoas odeiam a verdade, felizmente a verdade não se importa!


sexta-feira, 11 de julho de 2014

A Idade da Vulnerabilidade

  Aqueles poucos e esquecidos anos da idade da inocência que, parecendo que não, passam tão depressa e com tão poucos erros - enquanto seria suposto cometermos inúmeros como método de aprendizagem para um futuro próximo. Seria de esperar que, se não houvesse algo marcante para nos relembrar um ou dois, nada nos faria atrair pensamentos e memórias para um curto espaço de tempo de tão pouca importância em comparação com os anos que se seguiam.
  Pensei que fosse diferente... Pensámos todos! Pensei mesmo que, num caso tão particular como seria o meu, a minha tenra e jovem inocência acabasse e fosse abandonada nesses anos quase nunca lembrados. Sim, acabou, no entanto foi me acompanhando com um fantasma (que deveria estar em matéria viva) e, mais uma vez - estúpido erro meu -, os meus pensamentos levaram-me sub conscientemente a criar uma barreira que me tornaria mais forte e consequentemente mais adulta.
  Pensava eu... Pensavam todos! Com a chegada de um futuro tão desejado e talvez, mas só talvez (o pouco ego não me permitia mais), promissor, aqueles a quem chamamos "rebeldes", aqueles que mantém o mesmo estatuto desde idades antigas, o estatuto de "ir contra uma força superior" que seria a nossa força de vontade, apoderam-se de tal território criando a idade da rebeldia. Pessoalmente acho que estou a prolonga-la mais do que deveria: mesmo responsável, mesmo consciente, mas fraca e com algum controlo... portanto mais vulnerável.
  Menos erros sobre outros, mais erros sobre nós, que permitimos que aconteçam - não sei como. Impossíveis de evitar e muito menos de esquecer, acompanham-nos todos os dias e são recordados por milésimo de segundo sem que exista noção disso.

  "We change, we grow up, we love, we hurt we're teenagers [bem... mais ou menos]"